CCT-UFCA/Ciência da Computação/Cálculo Diferencial e Integral I/Limite e Continuidade
Conceito de limite:
Definição de Limite:
O limite de uma função 𝑓(𝑥) conforme 𝑥 se aproxima de um valor 𝑎 é o valor que 𝑓(𝑥) se aproxima à medida 𝑥 que se aproxima de 𝑎. É escrito como 𝑓(𝑥) = L, onde L é o limite.
Formalmente, 𝑓(𝑥) = L significa que para cada 𝜖 > 0, existe um 𝛿 > 0 tal que se 0 < ∣𝑥−𝑎∣ < 𝛿, então ∣𝑓(𝑥) − 𝐿∣ < 𝜖 .
Exemplo: Considere a função 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1. O limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 se aproxima de 3 é:
(2𝑥 + 1) = 2(3) + 1 = 7 Isso significa que conforme 𝑥 se aproxima de 3, 𝑓(𝑥) se aproxima de 7
Limites Laterais:
Limite à direita: 𝑓(𝑥) é o valor que 𝑓(𝑥) se aproxima quando 𝑥 se aproxima de 𝑎 pela direita.
Limite à esquerda: 𝑓(𝑥) é o valor que 𝑓(𝑥) se aproxima quando 𝑥 se aproxima de 𝑎 pela esquerda.
Exemplo: Considere a função 𝑓(n) que é definida como:
Limite à esquerda de n = 3:
𝑓(n) = 2(3) + 1 = 7 Limite à esquerda de n = 3:
𝑓(n) = 3(3) - 2 = 7
Testes e exemplos de continuidade
Definição de Continuidade:
Uma função 𝑓(𝑥) é contínua em um ponto 𝑥 = 𝑎 se os três seguintes critérios são satisfeitos:
- 𝑓(𝑎) está definida.
- 𝑓(𝑥) existe.
- 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎).
Exemplo: Considere a função 𝑓(𝑥) = 𝑥2. Para 𝑥 = 2:
𝑓(2) = 22 = 4 (definida).
𝑥2 = 4 (existe).
𝑥2 = 𝑓(2) (igual). Portanto, 𝑓(𝑥) = 𝑥2 é contínua em 𝑥 = 2.
Exemplos de Funções Contínuas e Descontínuas:
Contínua: Função polinomial, como 𝑓(n) = n2+ 2n + 1, é contínua em todos os n.
Descontínua: Função passo, como , é descontínua em n = 0 porque 𝑓(n) = 1 e 𝑓(n) = 0, e esses limites não são iguais.
Teorema do Valor Intermediário:
Se 𝑓(𝑥) é contínua no intervalo [a, b] e 𝑁 é qualquer valor entre 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏), então existe pelo menos um 𝑐 em [a, b] tal que 𝑓(𝑐) = 𝑁
Exemplo: Considere a função 𝑓(𝑥) = 𝑥2. Queremos provar que existe um valor 𝑐 no intervalo [1, 3] tal que 𝑓(𝑐) = 5.
Verificação dos valores de 𝑓 no intervalo:
Calcule os valores de 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏):
𝑓(1) = 12 =1
𝑓(3) = 32 = 9
Determine se 𝑁 = 5 está entre 𝑓(1) e 𝑓(3):
Sim, 5 está entre 1 e 9.
Aplicação do Teorema do Valor Intermediário:
Como 𝑓(𝑥) é contínua no intervalo [1, 3] e 5 está entre 𝑓(1) e 𝑓(3), pelo Teorema do Valor Intermediário, deve existir um valor 𝑐 em [1, 3] tal que 𝑓(𝑐) = 5.
Encontrando o valor de 𝑐:
Para encontrar 𝑐, resolvemos a equação 𝑥2 = 5:
𝑥 =
está aproximadamente entre 2.23 e 2.24, que está no intervalo [1, 3]. Portanto, existe pelo menos um valor 𝑐 = 5 no intervalo [1, 3] tal que 𝑓(𝑐) = 5.